Instruções para Coleta

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Instruções para Coleta 2018-07-12T16:04:31-03:00

Anemia Infecciosa Eqüina e Mormo.

Para estes exames é necessário que seja solicitado ao Laboratório requisições específicas. Estas consistem em três vias que devem vir com TODOS os campos preenchidos, incluindo a descrição do animal baseada na resenha gráfica que foi desenhada.  O Médico veterinário responsável pela coleta também deve carimbar e assinar as três vias.

Hemograma Total ou Parcial

O Sangue deverá ser colhido em frasco de tampa roxa. A proporção sangue: EDTA deve ser seguida rigorosamente para que não ocorra interferências pré analíticas. Ao transporte deve-se evitar o contado do tubo diretamente como gelo pois a amostra sofrerá congelamento e conseqüente hemólise tornando-se inviável. O tempo de viabilidade da amostra é de 48 horas no máximo. O esfregaço sanguíneo pode ser confeccionado para evitar alterações na morfologia celular em função do tempo de coleta.

Esfregaço sanguíneo

Homogenizar bem a amostra. Colocar uma gota em uma das extremidades da lâmina (limpa, desengordurada e seca). Com a Lâmina extensora em ângulo de 45° encostar  na gota, esperar que ela espalhe por todo o su comprimento e então em um movimento único e leve, correr a extensora até que o material termine com a extremidade fina e homogênea. O esfregaço não deve ultrapassar os limites da lâmina nem ficar demasiadamente grosso pois isto impedirá a leitura adequada do material. Após secar identifique a lâmina escrevendo a lápis na porção mais grossa do sangue. Não utilize caneta pois a etapa de fixação da coloração contém álcool.

Exames que utilizam SORO SANGUÍNEO

O sangue deverá ser colhido em frasco de tampa vermelha. O frasco deverá ser deixado em repouso até a formação do co[agulo. Ao transporte deve-se evitar o contato do tubo diretamente com o gelo pois a amostra sofrerá congelamento e conseqüente hemólise inviabilizando a amostra. O tempo de viabilidade da amostra é variável dependendo do exame, entretanto o ideal é que a amostra seja mantida sob refrigeração e seja enviada ao laboratório em 48 horas. Se houver possibilidade de separação do coágulo, enviar o soro em eppendorf bem fechado. Enviar a amostra somente em tubos destinados à coleta de materiais biológicos (frascos de medicamentos ou similares não serão aceitos).
O frasco destinado para dosagem de Bilirrubinas deverá ser protegido (cobrir com papel alumínio) pois a incidência de luz promove a degradação e inviabilização da mensuração correta deste analito.

Exames que utilizam PLASMA SANGUÍNEO

O sangue deverá ser colhido em frasco de tampa roxa, cinza ou verde, dependendo do exame. Após a coleta homogeneizar a amostra por inversão lenta para que o anticoagulante seja adequadamente distribuído evitando a formação de coágulos. Na presença do anticoagulante fluoreto (tubo tampa cinza) a amostra poderá hemolisar mais facilmente e por essa razão deverá ser manuseado com cuidado.

Hemogasometria

O sangue deverá ser colhido em frasco de tampa verde contendo heparina preferencialmente de lítio para que não ocorra interferência se o aparelho de hemogasometria avaliar também eletrólitos. Procurar colher em seringas próprias para esta finalidade já disponíveis no mercado. Após a coleta verificar cuidadosamente se não houve formação de bolhas de ar que devem ser eliminadas.
A preferência é sempre pelo sangue arterial, mas também pode-se utilizar o sangue venoso estando atento aos valores de referência para este tipo de amostra.
A Leitura deverá ser imediata. Cso não seja possível, a amostra deverá ser encaminhada em banho de gelo (isolar o frasco ou seringa em um saco plástico vedado e colocar em um isopor com água e gelo). A leitura apresenta resultados confiáveis se for realizada até no máximo 2 horas após a colheita verificando- se as condições de coleta e armazenamento supracitadas.

Lactato Sanguíneo

Deve ser dosado preferencialmente com sangue total imediatamente após a colheita (uso do lactímetro). Caso não seja possível o sangue deverá ser colhido em frasco tampa cinza e encaminhado o mais rapidamente possível ao laboratório. Lembrar que a metodologia utilizada pelos aparelhos de bioquímica diferem do lactímetro portanto os resultados não são comparáveis.

Histopatológico

Fragmentos de tecidos de tamanho pequeno (2cm²) para que ocorra fixação adequada pelo formol. O formol deverá estar a 10% (1 parte de Formol 46% + 9 partes de água). O volume de formol a 10% deverá ser dez vezes mais que o fragmento (para um fragmento de 2 cm² deverá haver um volume de 20ml de formol).

Citologia- “Punção por Agulha Fina”

É o método mais utilizado, alcança maior profundidade na lesão e colhe um maior número de células para avaliação. Sua técnica consiste em remover células da formação através de avulsão realizada com agulha fina (20mm x 0,55mm- “lilás” ou 25 x 0,7 “cinza”). Consiste em uma variação da técnica de Punção Aspirativa com Agulha Fina na qual se promove uma pressão negativa em uma seringa acoplada a agulha e retira-se material da lesão. A técnica pode ser realizada sem efetuar a pressão negativa da seringa para que haja melhor preservação das células, como descrito abaixo.
A agulha sem seringa, é introduzida na lesão. Em seguida, promove-se movimentos rápidos de vai-e-vem, mudando três e quatro vezes de direção sem sair da lesão. Dessa maneira células se desprendem e se acumulam no interior da agulha. Após retirar a agulha da lesão preenche-se uma seringa com ar e acopla-se na agulha. Em seguida esvazia-se a seringa rapidamente, direcionando a agulha para uma lâmina de vidro, onde as células serão depositadas
Com o material depositado na lâmina, rapidamente deve-se confeccionar o “squash”, deslizando uma lâmina sobre a outra de forma rápida e delicada, sem promover demasiada pressão evitando que as células sejam destruídas. Evite que o material alcance as bordas da lâmina. Deixar secar em temperatura ambiente.

Citologia- “Esfoliamento”

Esse método retira células mais superficiais da lesão ou mucosas através de esfoliação que pode ser realizada com swab ou escovinha para colheita. É indicada para avaliação de maturação (diferenciação) de epitélio (como por exemplo a citologia vaginal) e avaliação de agentes infecciosos ou parasitários.
Após esfoliar a superfície da lesão ou mucosa vaginal com o swab, roalr a ponta de algodão em uma lâmina de vidro limpa e seca. Deixar secar em temperatura ambiente.

Citologia –“Decalque”

Através desse método as células superficiais de um a lesão são retiradas através do contato da lâmina de vidro com o tecido, ficando aderidas a ela. Após op decalque deixar secar em temperatura ambiente.

Citologia- Esfregaço Interrompido (secreções pouco espessas)

Homogenizar bem a amostra. Colocar uma gota grande em uma das extremidades da lâmina (limpa, desengordurada e seca). Com a lâmina extensora em ângulo de 45º encostar na gota, esperar que ela espalhe por todo o seu comprimento e então em um movimento único e leve, correr a extensora até o terço final da lâmina e então levantar a extensora. O material ficará em forma de gota espalhada deferindo do esfregaço sanguíneo. Esse tipo de esfregaço é utilizado para líquidos com pouca celularidade já que as células ficam concentradas no local da interrupção do esfregaço favorecendo a leitura do material. A gota interrompida não deve ultrapassar os limites da lâmina. Identificar a lâmina em sua extremidade oposta utilizando fita esparadrapo.

Citologia de secreções espessas

Colher a amostra com agulha e seringa ou com sondas (lavado traqueal por exemplo). Com o material depositado na lâmina, confeccionar o “squash” , deslizando uma lâmina sobre a outra de forma rápida e delicada, sem promover demasiada pressão evitando que as células sejam destruídas. Evite que o material alcance as bordas da lâmina. Deixar secar em temperatura ambiente.

Pêlos com Bulbo para Testes Moleculares- DNA ou HOMOZIGOSE

Preencha o nome do animal e registro num envelope de papel;
Elimine os pêlos velhos da área a ser coletada, usando um pente ou escova. Colher os pêlos da cauda ou crina (em potros prefira a cauda pois os bulbos são maiores);
Segure de 5 a 10 fios o mias próximo possível da pele e puxe firme, na direção do crescimento do pêlo;
Examine as raízes para ver se os bulbos estão presentes. O DNA é extraído do bulbo capilar (raiz do pêlo), fios sem raiz não servirão para o teste;
Repita a operação até completar mais de 30 fios com raiz;
Coloque o material em um envelope e JAMAIS misture pêlos de animais diferentes num mesmo envelope;
Os resultados serão liberados para o remetente no prazo aproximado de 40 dias a partir do recebimento das amostras pelo laboratório, mediante comprovação de pagamento. Os resultados são confidenciais e pertencem ao criador ou  Associação de raça que arcar com os custos dos mesmos.

Líquor

Procurar obter a amostra de líquor sem contaminação sanguínea pois a presença de hemácias torna os resultados sorológicos inespecíficos e na análise do líquor interfere na interpretação deste parâmetro. O material deverá ser acondicionado em tubo inerte (tampa branca). Não colocar em tampa vermelha pois a maioria dos tubos contém ativador de coágulo e poderá interferir nos testes. Caso o material seja enviado em sringa deve-se vedá-la totalmente e tomar cuidado para que o embolo fique preso e o material não se perca.Para análise do líquor o material deverá ser enviado refrigerado em no máximo 24 horas apóis a coleta. Para exames sorológicos a amostra poderá ser congelada.

Líquidos Cavitários

Os líquidos cavitários (ascitico, pleural, sinovial) devem ser colhidos nos tubos tampa vermelha (provas bioquímicas e análises microbiológicas) e tampa roxa (contagens celulares). Caso haja disponibilidade de material deve-se também colher em tubo tampa cinza. Os tubos deverão ser mantidos sob refrigeração e enviados o mais rapidamente possível ao laboratório. É importante realizar um esfregaço (caso seja muito denso) ou um esfregaço interrompido (menos denso) para manter a morfologia celular de hemácias, leucócitos ou outros tipos celulares já que com o tempo pode haver degeneração celular “in vitro” e alterar a interpretação deste parâmetro (manter as lâminas em temperatura ambiente). As amostras colhidas para realização de cultura bacteriana deverão ser colhidas em tubo tampa vermelha adicional além daquele para as análises bioquímicas e mantidas sob refrigeração.

Urina

Colher por micção espontânea ou sonda e acondicionar em coletor universal mantendo a amostra sob refrigeração. Procurar colhe toda a urina em um recipiente limpo e seco e depois transferir uma amostra do conteúdo total homogeneizado para o coletor universal. A colheita apenas dos primeiros jatos pode não conter o sedimento necessário para a adequada avaliação de todos os componentes presentes na amostra. O tempo entre a coleta e envio deve ser o menor possível pois podem ocorrer alterações significativas do pH urinário e da população bacteriana da amostra. As amostras destinadas a análise microbiológica devem ter os resultados interpretados em função do método de coleta e da quantidade de UFCs resultantes da cultura.

Dosagem de ACTH

Para este hormônio o sangue deverá ser colhido em tubo plástico contendo EDTA (tampa roxa). Homogeneizar lentamente a amostra por 5 vezes. Centrifugar e separa o plasma imediatamente após a coleta. Acondicionar o plasma em eppenderf plástico estéril e congelar a amostra o mais rápido possível. A amostra deverá ser transportada em gelo seco e não deverá sofrer descongelamento até o momento de sua análise.  Para tento a solicitação deste exame deverá ser comunicado ao laboratório de destino com alguma antecedência.

Dosagens Hormonais- Protocolos para Eqüinos- BET LAboratories:

DIAGNOSTICO

COLETA DAS AMOSTRAS

HORMÔNIO TESTADO

CRIPTORQUIDISMO (Diagnóstico simples) 1ª Amostra (Nível Basal) Testosterona
Administrar entre 6000 e 10000 Ul hCG IM ou IV
2ª Amostra ( 2h após hCG
CRIPTORQUIDISMO (Diagnósitco completo) 1ª Amostra (Nível Basal) Testosterona e estrógenos totais
Administrar entre 6000 e 10000 Ul hCG IM ou IV
2ª Amostra (1h após hCG)
3ª Amostra (2h após hCG)
SINDROME DE CUSHING (Supressão com Dexametasona) 1ª Amostra (tarde) cortisol
Administrar 40~g de dexametasona/ Kg IM
2ª amostra (20h após a dexametasona)
SÍNDROME DE CUSHING (Ritmo Circadiano) 1ª amostra (manhã) T4 Cortisol e Insulina
2ª amostra (8 a 10 h após a 1ª amostra) Cortisol e Insulina
Para a coleta da 1ª amostra, o animal deverá estar em jejum de concentrado por período mínimo de 4h, devendo permanecer em jejum até a coleta da 2ª amostra.
TUMORES OVARIANOS 1ª Amostra (Nível basal) Progesterona, Estrógenos Totais e Testosterona
Administrar entre 6000 e 10000Ul hCG IM ou IV
2ª Amostra (1h após o hCG) Estrógenos Totais e Testosterona.
3ª Amostra (2h após o hCG)

 

Cultura Bacteriana

Toda amostra em que se deseja realizar cultura bacteriana deve ser colhida de maneira limpa e acondicionada em frasco estéril (líquidos, fragmentos e secreções) e/ou com auxílio de swab estéril com meio de transporte. Manter as amostras sob refrigeração e enviar em no méximo 24 horas. Informar ao laboratório o uso de antibióticos no período da coleta pois pode haver interferência no crescimento bacteriano “in vitro”.
Para hemocultura o local da punção deverá ser depilado e realizada anti-sepsia adequada. Puncionar com agulha e seringa estéril o volume de 1ml de sangue. Trocar a agulha por outra estéril antes de despejar o sangue no frasco apropriado para esta finalidade (solicitar ao laboratório).

Fezes

Amostras de fezes devem ser frescas, colhidas imediatamente após defecação, ou colhidas  da ampola retal e acondicionadas em coletores universais devidamente identificados. A amostra deve ser mantida sob refrigeração e o exame parasitológico e/ou OPG deve ser realizado em no máximo 48 horas após a coleta. Um longo prazo ou inadequada armazenagem da amostra predispõe a evolução e formação de larvas com eclosão dos ovos dos parasitas, dificultando sua correta identificação na amostra.

Mielograma

Puncionar a Medula óssea. Desprezar o conteúdo em uma placa de petri limpa e seca. Colher com capilar hematócrito as espículas. Despejar a gota contendo a espícula em uma lâmina e confeccionar o ‘squash”.

Pêlos e Pele para Cultura Fúngica

Colher pêlos e escamas de pele da borda da lesão. Acondicionar em coletor universal estéril. Manter em temperatura ambiente protegido do calos excessivo. Para exame de tricrograma o pêlo deverá ser coletado com raiz.

Pele para Parasitológico de Raspado Cutâneo

Com auxílio de lâmina de bisturi proceder a escarificação da pele no local da lesão apertando a prega de pele com os dedos. Colocar o material entre duas lâminas de vidro. Proceder mais de um raspado. Passar fita adesiva (esparadrapo) fixando as duas lâminas. Manter em temperatura ambiente.